quarta-feira, 19 de setembro de 2012

RIO OIL & GAS: OS DESAFIOS PARA O SETOR NAVAL DO PAÍS

Uma plateia de cerca de 300 representantes da indústria de energia de países como Estados Unidos, Canadá, França, Holanda, Espanha, Noruega, Dinamarca, Japão, Itália e Reino Unido lotou o painel que inaugurou as atividades da Rio Oil & Gas na manhã do segundo dia do evento. Com informações que destacam o investimento da Petrobras em novos projetos ao longo da década, o gerente de Gestão de Relacionamento da área de Materiais, Ronaldo Martins, e o assessor da presidência da Petrobras para Conteúdo Local e Prominp, Paulo Sergio Rodrigues Alonso, reforçaram as oportunidades que, já no curto prazo, o mercado de energia no país oferece para potenciais fornecedores.
Ronaldo Martins iniciou o encontro frisando que “nos últimos cinco anos, mais de 50% das novas descobertas ao redor do mundo foram em águas profundas. O Brasil é responsável por 63% dessas descobertas”. Segundo ele, projeções indicam que, desenvolvendo as reservas recém-descobertas, o Brasil, até 2030, vai liderar o crescimento do suprimento entre os países fora da OPEP (PFC Energy). Martins apresentou a demanda de equipamentos e materiais projetada para 2017 e avaliou o desempenho de 24 setores industriais relevantes para a Companhia, entre eles os fabricantes de bombas, compressores, guindastes, motores e turbinas.
Paulo Alonso falou sobre as oportunidades no setor naval brasileiro. Depois de apresentar a capacidade e a ocupação atual dos principais estaleiros brasileiros, o executivo apresentou a demanda, projetada para 2020, dos equipamentos navais (navios-tanque, barcos de apoio, FPSOs e sondas de perfuração). Entre os equipamentos com potencial de desenvolvimento nacional, citou 61 sistemas de tratamento de esgoto (vácuo), 53 sistemas de geração de gás inerte, 72 embarcações salva-vidas e 1830 cabines de acomodação.
Ao falar em um dos painéis da tarde – Desenvolvimento da Cadeia de Fornecedores – sobre a ‘Atração dos Centros de Pesquisa de Empresas-Âncora para o Polo Tecnológico do Fundão’, o assessor da Petrobras para Conteúdo Local e Prominp, Paulo Sergio Rodrigues Alonso, atribuiu ao advento do pré-sal a importância decisiva para o crescimento da iniciativa. Desde então, o Parque Tecnológico do Rio de Janeiro já concentra 37 empresas, sendo 12 de grande porte (centros de pesquisa), 12 start ups (incubadoras de empresas) e nove de pequeno e médio porte (em edificações compartilhadas). Os empregos gerados, todos de pessoal com elevada graduação, alcança 1029 pessoas, das quais 90% são brasileiros. Até 2014, a projeção é de que a absorção se eleve para 3698 profissionais.
Paulo Alonso afirmou que “nesse novo mundo em que o desenvolvimento de fornecedores qualificados é um desafio estratégico, iniciativas como o Polo Tecnológico do Fundão são essenciais para aproximar nosso mercado de bens e serviços do patamar das indústrias de classe mundial”. Ele adiantou que a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) planeja expandir o Polo atual com a implantação da Torre de Inovação, projeto que deverá concentrar 100 empresas de base tecnológica, inclusive de pequeno e médio porte, além de um hotel e lojas de conveniência na área do campus do Fundão. A instituição federal de ensino busca, no momento, patrocínio para viabilizar o projeto.

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