Por falta de um curso de graduação no Brasil, as empresas estão sendo obrigadas a treinar engenheiros de diferentes áreas nos segredos da engenharia ferroviária
A quantidade insuficiente de engenheiros ferroviários pode comprometer o ambicioso plano do Brasil de fazer com que as ferrovias passem a responder até 2025 por 35% de sua matriz de transporte de cargas, em vez dos atuais 25%.
Por não existirem cursos específicos de graduação, esses engenheiros estão desesperadamente em falta. Os poucos que trabalham na função são engenheiros formados em outras áreas (como civil ou elétrica) que receberam treinamento no setor.
A Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) prevê a contratação de cerca de 400 engenheiros ferroviários pelas operadoras até 2015. O problema será o de onde encontrá-los.
As várias fábricas de material ferroviário sofrem também a mesma carência. Não há engenheiros especializados em fazer o planejamento ou tocar as linhas de produção. O jeito também tem sido o de importar engenheiros de outras áreas.
“O que tem nos salvado é a criação de cursos e treinamentos, através de parcerias com instituições públicas e privadas”, diz Rodrigo Villaça, presidente-executivo da ANTF. “Sem essa improvisação, estaríamos em situação ainda pior”.
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