quarta-feira, 3 de outubro de 2012

EAS TENTA RECUPERAR CONTRATOS

Nos últimos minutos do segundo tempo, o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) entregou à Transpetro seu plano de ação para evitar a rescisão dos contratos de construção de 16 navios, suspensos em maio deste ano. No último domingo se encerrou o segundo prazo concedido pela estatal para a empresa apresentar a proposta. A primeira data era 30 de agosto, mas foi prorrogada por mais um mês. Por enquanto, o conteúdo do documento é mantido em sigilo. Por meio de sua assessoria de comunicação, a Transpetro se limitou a informar que a proposta será analisada e o EAS será comunicado, “o quanto antes”, se o plano foi aceito. O Atlântico Sul venceu licitação para construir 22 navios do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da Transpetro. O primeiro petroleiro, o João Cândido, demorou quase quatro anos para ser construído e foi entregue em maio passado, com dois anos de atraso e aumento de custo de 56%.
Para piorar a situação, a empresa coreana Samsung, parceira tecnológica e sócia do estaleiro, deixou o empreendimento em março último. Pelo contrato assinado com a Transpetro, sem parceiro técnico, o documento perderia sua eficácia. Por esse motivo, a estatal suspendeu a encomenda de 16 navios, ficando de fora apenas seis embarcações que ainda contavam com assistência tecnológica da Samsung. O valor total do contrato de 22 navios é de R$ 7 bilhões e o valor dos 16 suspensos está calculado em R$ 5,3 bilhões.
Logo após a festa de entrega do primeiro navio no Complexo de Suape, em maio, a Transpetro anunciou a suspensão dos contratos. Para reaver as encomendas, o Atlântico Sul teria que cumprir três exigências: apresentar um parceiro técnico com comprovada experiência na indústria naval, um plano de ação e cronograma confiável de construção dos petroleiros e um projeto de engenharia para as embarcações que atenda às especificações técnicas contratuais.

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